quinta-feira, 24 de março de 2011

Dica para Orquestra Municipal de Congonhas - Música Carmina Burana (O Fortuna)

Pessoal a peça Carmina Burana (O Fortuna) foi escrita pelo educador/pedagogo Carl Orff no inicio do século passado (XX).


Mas o que é Carmina Burana? Uma mulher? Uma ópera? Não! 


Os carmina burana (do latim carmen,ìnis 'canto, cantiga; e bura(m), em latim vulgar 'pano grosseiro de lã', geralmente escura; por metonímia, designa o hábito de frade ou freira feito com esse tecido) são textos poéticos contidos em um importante manuscrito do século XIII.

A obra de Orff é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - "Veris laeta facies" ou a alegria da primavera. Na segunda, "In taberna", preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem ("Ave, formosissima"). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna ("O Fortuna, velut luna”).


Segue ai a tradução da letra e a versão em latim.


Ó fortuna, como a lua, é variável, sempre crescendo e decrescendo; vida detestável agora oprimes depois alivias brinca com as mentes, pobreza, poder dissolves como gelo.

Destino monstruoso e vazio, tu roda volúvel, és malevolente, bondade em vão que sempre leva a nada, obscura e velada também me amaldiçoaste; agora - por diversão - trago o dorso nu à tua vilania.


O destino da saúde e virtude me é contrário, dás e tiras sempre escravizando; então agora sem demora tange essa corda vibrante;

já que o destino extermina o forte, chorais todos comigo.


O Fortuna, velut luna statu variabilis, semper crescis aut decrescis; vita detestabilis nunc obdurat et tunc curat ludo mentis aciem, egestatem, potestatem dissolvit ut glaciem.


Sors immanis et inanis, rota tu volubilis status malus, vana salus semper dissolubilis, obumbrata et velata michi quoque niteris, nunc per ludum dorsum nudum fero tui sceleris.


Sors salutis Sorte, et virtutis michi nunc contraria, est affectus et defectus semper in angaria; hac in hora sine mora corde pulsum angite, quod per sortem sternit fortem mecum omnes plangite.





Neste primeiro vídeo temos O Fortuna pela interpretação do Maestro e produtor André Rieu.


Referências: 

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